No Amazonas, estudantes ribeirinhos vão até a escola para ter aulas EAD.
- 28 de fev. de 2022
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Atualizado: 11 de ago. de 2022
Zahyra Garrido, de 15 anos, conta como é seu dia a dia de aluna do Ensino Médio em Tumbira, uma comunidade ribeirinha no coração da Amazônia

Já imaginou sair de casa e ir até a escola para ter uma aula em formato EAD? Parece surreal e até contraditório, mas é o dia a dia de muitos estudantes do Amazonas, como Zahyra Garrido, de 15 anos, que vive na comunidade ribeirinha Tumbira, no coração da Amazônia, e estuda na Escola Estadual Eugene Lovejoy.
Foi em 2013 que a Reserva de Desenvolvimento Sustentável às margens do Rio Negro formou a sua primeira turma de estudantes do Ensino Médio.
Até então, os adolescentes que quisessem seguir com os estudos precisavam se deslocar de barco para outras comunidades ou partir rumo a Manaus, o que dificultava bastante o acesso à educação, por razões socioenonômicas.
Quando o assunto é faculdade, o cenário afunila ainda mais: tem que ir para as cidades grandes, caso queira fazer uma graduação e tenha condições financeiras para isso. Do contrário, a saída é continuar nas comunidades ribeirinhas e seguir o legado familiar, no ramo da pesca ou do turismo, por exemplo.

Zahyra, que cursa o 1º ano do EM, tem vontade de fazer Design ou Marketing Digital, e já conversa com a família sobre essa possibilidade. De alguma maneira, a jovem é privilegiada, pois mora a poucos minutos do colégio e consegue chegar a pé, enquanto colegas precisam se deslocar de barco de outras comunidades e até enfrentar banzeiros [ondas que se formam quando o rio está agitado] para conseguir assistir à aula.
FONTE: CAPRICHO.ABRIL








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